Boas Práticas Saúde

Telemedicina ao serviço da reabilitação | Isabel Bento

A Telemedicina é um excelente recurso ao serviço da reabilitação e encontra, no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, um ambiente favorável ao seu desenvolvimento e expansão. Este ano, já se realizaram mais de 250 teleconsultas.

O Plano de Ação de Telessaúde do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (CMRRC-RP) 2021-2024 assenta em quatro áreas: Teleconsultas, Teleconsultadoria, Teleformação e Investigação/Inovação em Telerreabilitação.

Das atividades de telessaúde decorrem os seguintes benefícios:

  • Facilitação da prestação de cuidados de reabilitação, sobretudo para utentes que residem longe do CMRRC-RP (teleconsultas);
  • Melhoria da qualidade na prestação de cuidados de reabilitação (teleconsultadoria);
  • Integração de cuidados, facilitando a transição ao longo do percurso clínico dos doentes. Facilita a articulação entre os serviços no acesso ao internamento e na avaliação após alta;
  • Melhoria do acesso aos cuidados de saúde de reabilitação por parte da população;
  • Orientação dos serviços para responder às necessidades dos profissionais e dos cidadãos, através de cursos de teleformação para profissionais e para doentes/cuidadores;
  • Transformação digital do hospital;
  • Organização interna do trabalho e melhoria de processos, de acordo com as necessidades identificadas pelos diretores de serviço e coordenadores;
  • Ganhos em eficiência e efetividade, incluindo ganhos económicos, nomeadamente em transportes não urgentes de doentes e no que se refere ao absentismo laboral dos cuidadores informais;
  • Promoção da investigação e de projetos de inovação e desenvolvimento em telerreabilitação.

Áreas de ação

1 – Teleconsultas:

  • Teleconsultas de triagem de internamento, que se realizam após a receção do pedido de internamento e antes da consulta presencial. Evitam deslocações desnecessárias de doentes e aumentam a eficiência e efetividade;
  • Teleconsultas realizadas após a alta, visam apoiar os doentes e cuidadores informais na transição entre o CMRRC-RP e o domicílio. São particularmente úteis para doentes que residem longe;
  • Outras teleconsultas, com o objetivo de avaliar o resultado de procedimentos médicos, prescrição de medicamentos ou de produtos de apoio, entre outros.

2 – Teleconsultadoria:

No Plano de Ação de Telessaúde para 2024 está contemplada a realização de protocolos de colaboração com especialidades clínicas inexistentes no CMRRC-RP, tais como, Gastroenterologia, Oftalmologia, Dermatologia, Urologia, Cirurgia Vascular e Neurologia.

Essas parcerias revestem-se de grande utilidade para agilizar decisões terapêuticas e otimizar métricas de produtividade, num contexto de maior eficiência e efetividade (redução de demoras médias de internamento, diminuição de episódios de urgência, poupança em transportes, etc.). A comunicação entre especialistas de diferentes áreas poderá ser feita em grande parte através da telemedicina.

A teleconsultadoria poderá, também, funcionar no sentido de o CMRRC-RP apoiar os cuidados de saúde primários em questões mais diferenciadas no âmbito da reabilitação.

3 – Teleformação:

  • Cursos dirigidos a profissionais – são cursos em formato de e-learning através da plataforma de ensino à distância da SPMS e certificados através da plataforma SIGO (Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa). Está englobada na atividade do Centro de Formação do CMRRC-RP.
  • Cursos para doentes/cuidadores – vídeos formativos elaborados pelas equipas multidisciplinares.

4 – Investigação/inovação em Telerreabilitação:

Articulação com universidades e institutos politécnicos da região Centro em projetos de investigação e inovação que envolvam telessaúde. Pretende-se a utilização de tecnologias de informação e inovação mais complexas (high tech), tais como realidade virtual, realidade aumentada, ambient assisted living, na procura de soluções de telerreabilitação.

Isabel Bento, Presidente do Conselho Diretivo

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