O Ministro da Saúde esteve presente na reunião de trabalho sobre “Sistemas de Informação e Plataforma de Dados da Saúde no Sistema Nacional de Saúde”, que se realizou no dia 31 de Janeiro no auditório da Escola Superior de Tecnologias da Saúde, em Lisboa, numa organização conjunta da CIC – Comissão para a Informatização Clínica e da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE. Perante uma plateia de mais de 150 profissionais das áreas de informática e de medicina, Paulo Macedo realçou a importância do projeto que vai transformar a rede de informação clínica em todo o país.
O “Desafio da Mudança” é o primeiro pilar programático do atual Governo e mais uma vez foi reafirmado pelo Ministro da Saúde como uma necessidade inadiável para que, no caso da saúde, o SNS (Serviço Nacional de Saúde) possa ser sustentável. O governante realçou vários problemas sobre a inaptidão que se verifica atualmente na partilha de dados o que origina um desconhecimento real do sistema. “As pessoas não compreendem isto”, sublinha o ministro e questiona “de que valem os sistemas de informação se depois o tempo é gasto a corrigir dados?”.
Paulo Macedo classifica como “decisivo” o trabalho que está a ser desenvolvido pela CIC e pela SPMS e que tem como objetivo, através da criação da Plataforma de Dados da Saúde e da consequente uniformização das bases de dados das diversas instituições de cuidados primários e hospitalares, reunir e disponibilizar em tempo real a informação clínica do utente. Mesmo em clima de austeridade, o ministro acredita que o investimento a realizar nesta área será compreendido pelos cidadãos por contribuir positivamente para a melhoria do sistema. A posição do ministro foi reforçada no mesmo encontro, horas mais tarde, pelo Secretário de Estado da Saúde – “A Plataforma de Dados da Saúde e o registo clínico são dois projetos bandeira do Ministério da Saúde”, assegura Manuel Teixeira.
Num discurso otimista, centrado na necessidade de integrar todos os níveis de cuidados de saúde nesta reorganização das aplicações informáticas, de forma a dotá-las de maior utilidade, e sublinhando a necessidade de “provar que o SNS é sustentável”, mesmo em época de decréscimo financeiro, o Secretário de Estado acredita no sucesso da medida – “Tenho a certeza que não vamos falhar”.