Os portugueses estão a aderir aos novos serviços do SNS disponíveis na internet. O Portal do Utente, disponível online desde 31 de maio, e depois da primeira divulgação a 6 junho, recebeu mais de 5 mil novos utilizadores em pouco mais de 10 dias.
O novo portal, integrado no projeto PDS – Plataforma de Dados da Saúde, desenvolvido pela CIC – Comissão para Informatização Clínica e pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE, permite registos de saúde feitos pelo utente e recurso a serviços online já existentes e a disponibilizar, como marcação de consultas (eAgenda) ou confirmação de cirurgias (SIGIC). A PDS – Plataforma de Dados da Saúde é uma ferramenta web, desenvolvida pela CIC e pela SPMS, que disponibiliza um sistema central de registo e partilha de informação clínica de acordo com os requisitos da Comissão Nacional de Proteção de Dados.
A plataforma permite o acesso a informação dos utentes registados, que o autorizem, aos profissionais de saúde em diversos pontos do SNS (hospitais, urgências, cuidados primários) sem os deslocar do local seguro onde agora estão guardados. Por exemplo, a PDS permitirá a um médico ou enfermeiro do hospital aceder a alguns dados do Centro de Saúde sem os poder modificar ou danificar. O seu acesso é restrito e auditado, sendo que cada vez que um profissional vê os seus dados, esse facto fique registado num histórico de acessos. Ao permitir a partilha de informação, o SNS pode tornar mais rápido o atendimento de um doente e mais segura a forma dos profissionais de saúde o conhecerem e chegarem a um diagnóstico/terapêutica.
O primeiro portal ligado à PDS a ser disponibilizado ao público foi o Portal do Utente, que contém uma área reservada à inserção dos seus dados. No menu “As minhas notas” o utilizador poderá inserir contactos de emergência, dados de saúde, hábitos, medicação, alergias, doenças, autorizações/auditorias ou contactar o seu Centro de Saúde/USF.
A partilha de informação através da PDS (que irá incluir no futuro o Portal do Profissional, o Portal Institucional e o Portal Internacional) pode ser gerida e controlada pelo próprio utente através do acesso via Portal do Utente.
A informação clínica de cada utente estará progressivamente acessível em todo o país, excepto se o utente não o desejar. Por exemplo, um utilizador registado num centro de saúde de Lisboa, mas de férias em Aveiro, poderá recorrer aos serviços do hospital local, sendo possível à instituição consultar dados de outra instituição como o historial clínico, alergias ou consultas, facilitando um diagnóstico e respetiva terapêutica em caso de doença.
Ainda no âmbito da PDS, prevê-se que seja lançado no final de junho o Portal do Profissional, serviço que irá permitir a intercomunicação entre os sistemas de informação de cada uma das instituições de saúde, para viabilizar a agregação e visualização da informação de saúde do utente, quando e onde for necessária.