O objetivo está traçado, é prioritário e é para cumprir. É preciso fazer mais com menos. Ou seja, é preciso reinventar o que foi feito em matéria de sistemas de informação na saúde nos últimos anos, adaptar o que está já em funcionamento e obter resultados ótimos no tratamento dos utentes dentro do Serviço Nacional de Saúde. Será possível? Não podemos, nem devemos questionar esta possibilidade, porque a conjuntura atual obriga-nos a ousar o impossível. Temos que ter esse engenho e reestruturar o necessário para obter a racionalização de meios, tendo sempre presente que teremos também, com o menos que nos é exigido, conseguir fazer melhor.
E como? Com um objetivo tão restritivo, pensemos no como lá chegaremos. Optando, por exemplo, pela utilização de softwares abertos, conseguindo desta forma ser autónomos e libertando-nos de uma carga financeira que poderá ser investida nos cuidados de saúde onde é mais necessária. Sendo, por exemplo, proactivos na mudança estrutural que é necessária. Se uma aplicação já existente não serve os seus objetivos, usemos o nosso know-how para a completar e para integrá-la com todas as outras. Há muito ainda por fazer. Aos sistemas de informação caberá o papel de contribuir para a mudança necessária, para a modernização e eficiência do sistema. Na sua agilização e eficácia está a resposta à urgência de poupança que se vive no sector da saúde pública.
Editorial do Presidente do Conselho de Administração da SPMS, EPE, Dr. Raul Mascarenhas, publicado na newsletter de Outubro.