PDS faz um ano com mais de 711 mil utentes
Fez, a 6 de julho, um ano que a Plataforma de Dados de Saúde (PDS) arrancou oficialmente. Desde a sua entrada em funcionamento, em 2012, mais de 711 mil utentes já se registaram no Portal do Utente e mais de 27 mil profissionais já acederam ao Portal do Profissional.
Lançada em 2012 pela Comissão para a Informatização Clínica (CIC) e pela Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE (SPMS), com a apresentação oficial da fase I do projeto no Porto, a PDS é um sistema central da saúde, que permite o registo e partilha de informação clínica, acessível aos utentes, aos profissionais e às entidades prestadoras de serviços de saúde.
A criação da PDS enquadra-se na estratégia definida pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2011, em resposta à necessidade de fazer face às exigências do Memorando de Entendimento, assinado entre o Governo português e o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a União Europeia, nesta matéria.A plataforma permite a partilha de informação entre quatro portais seguros e contextualizados:
Portal do Utente
Com mais de 711 mil utentes registados, o Portal do Utente regista, por dia, cinco mil visitantes, 1.400 pedidos de marcações de consulta, 35 pedidos de prescrição de medicação e 772 pedidos de isenção das taxas moderadoras, entre outros.
Disponível em https://servicos.min-saude.pt, este portal permite ao utente consultar informação útil para a sua saúde numa linguagem simples e clara e realizar serviços eletrónicos, como a marcação de consultas médicas no seu centro de saúde ou o registo de dados de saúde partilháveis, após aprovação prévia do utente, com os profissionais de saúde.
A 31 de maio, foram disponibilizados dois novos serviços no PU, mediante acesso com Cartão de Cidadão, o eBoletim de Saúde Infantil e Juvenil e um cronograma com o historial clínico do utente.Atualmente, o Portal do Utente regista, por dia, 1.400 pedidos de marcações de consulta, 35 pedidos de prescrição de medicação e 772 pedidos de isenção das taxas moderadoras por dia, entre outros.
Portal do Profissional
A partir do momento em que o utente autoriza a partilha de informação, o médico ou o enfermeiro de um serviço de saúde (hospitais, urgências e cuidados de saúde primários) pode consultar os seus dados de saúde, através do Portal do Profissional, e, desta forma, chegar mais rapidamente ao diagnóstico/terapêutica.
Até 14 de junho, mais de 27 mil profissionais de 268 instituições já tinham acedido, a partir dos sistemas de informático do prestador de serviços de saúde (SAM, SAPE, etc), ao Portal do Profissional. Todos os dias é registada a entrada, em média, de 74 novos profissionais.
O mapa das instituições (53%), o cronograma (43%) e o historial da prescrição (2%) são as funcionalidades mais utilizadas neste portal.
Os episódios mais recorrentes para a consulta deste portal são a consulta externa (58%), a enfermagem (25%), urgência (6%) e internamento (6%).
Entre os últimos desenvolvimentos, destaque para a possibilidade de criação de um eBoletim de Saúde Infantil e Juvenil, em vez da versão em papel.
Portal Internacional
Em fase piloto até final de 2013, este portal, por intermédio do projeto epSOS – Smart open Services for European Patients, vai permitir a partilha de dados transfronteiriços, possibilitando que um médico nacional aceda ao resumo clínico de um utente de outro país, acontecendo o mesmo a um doente nacional quando se desloca fora do país.
Todos os portugueses irão ter um Resumo Clínico Único do Utente (RCU2), estando, neste momento, em curso a sua criação para os utentes da região Norte e será gradualmente expandido para as outras regiões do país no terceiro trimestre deste ano.
A Unidade Local de Saúde de Matosinhos, enquanto “fornecedora” e “consumidora” de informação, e o Hospital de Faro e o Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, enquanto “consumidores” de informação, já estão a participar neste piloto.
Portal Institucional
Este portal, ainda em desenvolvimento, permitirá a partilha de dados anonimizados para efeitos de análise e estatística por parte das instituições de saúde.