GTT comemora um ano com Plano de Implementação para a Telemedicina
O Grupo de Trabalho de Telemedicina (GTT), a funcionar agora no âmbito da CAIC – Comissão de Acompanhamento de Informatização Clínica, comemorou um ano de funcionamento, no passado dia 25 de julho, com um almoço e mais uma reunião de trabalho, onde foi decidida a implementação de um sistema de rastreio à distância, sobretudo na área da dermatologia.
A evolução do sistema para esta nova ferramenta de telemedicina será concretizada através de desenvolvimentos na aplicação informática CTH (Consulta a Tempo e Horas). O grupo liderado por Luís Gonçalves, também coordenador do Programa de Telemedicina do Alentejo, defende que o telerrastreio dermatológico permitirá reduzir a lista de espera de doentes em 50%.
O plano de implementação do programa nacional de telemedicina (Despacho nº 3571/2013) prevê, até ao final do ano, o desenvolvimento de ações em três serviços: telemonitorização, teleconsultas em tempo real e rastreio dermatológico:
Plano de Implementação do Programa Nacional
Telemonitorização
Na fase piloto (até final de 2013) vão ser equipados com material de telemonitorização para DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), cinco hospitais nacionais (ULS Alto Minho, CHUC, CH Cova da Beira, ULS Norte Alentejano, Hospital de Faro). Cada serviço selecionará 15 doentes para monitorização. Prevê-se que esta medida, que evita os custos de internamento de um doente, cubra o investimento efetuado por utente, sendo que ao segundo internamento evitado, já haja ganhos económicos para o SNS. Em relação à telemonitorização de doentes em diálise peritoneal, vão ser escolhidos 20 a 30 doentes do CHUC, Hospital de Évora e Hospital de Castelo Branco que passarão a ser monitorizados a partir do serviço de nefrologia, sem necessidade de visitas domiciliárias, salvo casos pontuais, uma vez por semana.
Telemedicina em tempo real
Numa primeira fase serão intensificadas ações de sensibilização e divulgação, para a utilização de webcams nos computadores existentes nos consultórios dos cuidados de saúde primários (CSP) e hospitais. Nesta fase inicial, serão adquiridas webcams a distribuir pelo hospital de Beja e alguns centros de saúde do Alentejo, Hospital de Santa Marta, e, na ARS Centro, CHUC, USF Condeixa, UCSP/SUB de Arganil, e mais duas unidades de CSP e dois hospitais a definir para prestarem serviços em, pelo menos, cardiologia, cardiologia pediátrica, neurologia, dermatologia e pediatria.
“Rastreio dermatológico”
Mediante a dotação de câmaras fotográficas normais (resolução 10 megapixéis ou mais e possibilidade de macro) nas unidades de saúde de CSP, poderão ser efetuadas fotografias das lesões cutâneas e enviadas, via CTH, para o serviço de dermatologia de referência que fará o diagnóstico e recomendação terapêutica de imediato e sem presença do utente (entre 50 a 80% dos casos) ou decidirá pela realização de uma teleconsulta em tempo real ou envio presencial do utente. Entrarão nesta fase piloto de rastreio dermatológico, para além das unidades de saúde de CSP escolhidas em cada região, os serviços de dermatologia dos CHUC, Alto Minho, Nordeste Transmontano, Matosinhos, Gaia, Santo António, São João, Évora, Portimão e Faro.
Grupo de Trabalho de Telemedicina
Departamento de Comunicação e Imagem da SPMS, EPE