O programa de Teleconsulta em Tempo Real, Diferido e de Telerastreio Dermatológico, liderado pelo Grupo de Trabalho de Telemedicina (GTT), está já em funcionamento no norte do país, com resultados que demonstram a sua importância e utilidade para o SNS. Depois de um total de 60 consultas realizadas, entre o Nordeste Transmontano (sem dermatologistas residentes) e o Hospital de Santo António do Porto (dermatologista responsável Dr. Virgílio Costa), atingiu-se um tempo de espera por consulta nulo, ou seja, o pedido de consultas é resolvido no próprio dia.
A agilidade do processo de ensaios, iniciado em novembro do ano passado, com pedido de consulta realizado através do sistema CTH (Consulta a Tempo e Horas), tem demonstrado no terreno os resultados positivos da utilização da telemedicina, como comprovam os números apresentados pelo GTT: “Os resultados fornecidos pela UCCTH até 31/12/2013 revelam que foram feitos 50 pedidos de consulta, das quais realizaram-se 39, com um tempo médio de resposta de 1.8 dias.
Recorde-se que o tempo de espera no pedido de consultas convencionais para o mesmo Hospital é de 93 dias. Desta forma, verificou-se uma diminuição de 7400% com poupança associada para os utentes – considerando que a viagem de táxi de Bragança ao Porto (230km – 0.36cêntimos/km) custa cerca de 165 euros por utente (ida e volta), verifica-se uma poupança efetiva para o beneficiário do SNS. Desde do início do ano, e até 17 de janeiro, foram realizadas mais 21 consultas, o que perfaz um total de 60, com uma poupança total em transportes de 9.936 euros para os utentes e com um tempo de espera de 0.0 dias”.
O GTT pretende prosseguir com a instalação da Telemedicina de forma progressiva, em todo o país, tendo como meta atingir os 50 por cento do território até ao final de 2014 e os 100 por cento de cobertura até dezembro de 2015. No dia 21 de janeiro teve início a instalação na ARS Centro, com a conexão de 17 instituições de saúde ao Serviço de Dermatologia do CHUC (dermatologista responsável Prof. Américo Figueiredo). O GTT pretende ainda instalar novos processos deste tipo de consultas noutras especialidades, nomeadamente em Angiologia/Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica, Oftalmologia e Neurologia.