“Estamos a entrar num domínio em que os ecossistemas informacionais, as aplicações e a inovação fazem, não só, obrigatoriamente parte da nossa vida, mas dominam muito a nossa relação com os outros”, começou por afirmar o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, no arranque da sessão da tarde da conferência, realizada hoje, e dedicada à análise dos dados e da transparência no SNS.
Numa referência à transformação digital que o Ministério da Saúde tem posto em prática para simplificar a vida dos cidadãos, Adalberto Campos Fernandes realçou a importância de colocar o cidadão no centro do sistema de saúde, “uma batalha que nunca podemos deixar esmorecer”.
Destacando o papel da SPMS, EPE na concretização das medidas do Simplex + para a Saúde, processo já bastante avançado, o responsável pela Saúde adiantou que os objetivos da segunda metade da legislatura centram-se em simplificar e facilitar a vida de quem trabalha na Saúde e de quem utiliza e precisa do Sistema de Saúde. “A tecnologia de hoje tem que ser intuitiva. Tudo aquilo que seja relacionado com a desmaterialização e inovação é posto ao serviço de cada um de nós”, sublinhou.
No final da intervenção do ministro da Saúde, seguia-se a apresentação do BICSP, o novo sistema de Business Intelligence para os Cuidados de Saúde Primários (BICSP). “É uma pequena revolução no modelo de contratualização e da relação com os Cuidados de Saúde Primários”, evidenciou Adalberto Campos Fernandes, dando início ao debate sobre os mais recentes desenvolvimentos deste sistema. “Melhores dados significam apenas e só mais transparência “, foi a mensagem deixada pelo responsável da pasta da Saúde.
Com lançamento agendado para dia 15 de dezembro, o BICSP é um instrumento de governação que pretende melhorar a monitorização e qualidade do desempenho de dados, permitindo obter informações de todas as unidades de saúde familiares do país.
Henrique Martins, presidente da SPMS, EPE e Henrique Botelho, coordenador da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários encerraram a conferência, que decorreu ao longo do dia, no Centro de Congressos de Lisboa.
“Somos responsáveis pela forma como os utilizadores dão uso ao BICSP e pelo sucesso da mesmo”, reforçou Henrique Botelho, ao falar da qualidade do conhecimento, do ponto de vista da tomada de decisão e da transparência dos dados.
O presidente da SPMS referiu-se ao BICSP como a “materialização de uma necessidade “, adiantando ainda que “a interoperabilidade dos sistemas muitas vezes foi prejudicada pela interoperabilidade das pessoas.”
Esta plataforma é resultado de uma normalização dos dados, a partir de informação base, e sendo uma introdução ao ciclo da vida do profissional, “é um desafio para a SPMS”, frisou Henrique Martins. A expansão do BICSP vai continuar em 2018.
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