No âmbito do processo de transformação digital na Saúde, liderado pela SPMS, EPE, realizou-se um evento, no passado dia 15 de fevereiro, integrado na iniciativa “SNS Sem Papel”, no maior auditório do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO), o auditório do Hospital Egas Moniz.
O CHLO faz agora parte desta iniciativa juntando-se, assim, a outras instituições que já fazem este percurso, com balanço positivo, e tendo como finalidade a desburocratização, simplificação, desmaterialização e aposta na informatização das instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Henrique Martins, presidente do Conselho de Administração da SPMS, EPE, sublinhou que “não é um caminho fácil de percorrer, mas já não há como não o fazer. Não há volta atrás, este é o caminho que temos que seguir”.
Segundo Henrique Martins, “SNS Sem Papel” pressupõe uma mudança de mentalidades, atitudes e formas de trabalho com diretrizes de mudança que devem ser colocadas no terreno com a maior brevidade possível e, com o objetivo da desburocratização e informatização, assenta “nos princípios da simplificação, empoderamento e responsabilização do cidadão”.
No primeiro evento oficial do CHLO, integrado nesta iniciativa, Henrique Martins pediu “decisões ousadas e rápidas”, e a cada um dos profissionais “o sentido de pertença ao conceito de Hospital sem Papel”.
Rita Perez, presidente do Conselho de Administração do CHLO, sublinhou que “O CHLO gasta, em média, 23 000 folhas brancas por dia”, no entanto a iniciativa SNS Sem Papel não é “retirar papel por retirar”. Numa nota enviada a todos os profissionais do CHLO, dando conta desde evento, Rita Perez já tinha referido que “a primeira nota do ano de 2018 tem como objetivo apresentar mais um passo de grande monta: definitivamente, o Hospital sem Papel!”
Ainda durante a sessão de trabalho, Carlos Calamba, vogal do Conselho de Administração do CHLO, apresentou o plano da instituição para ultrapassar aquele que é, atualmente, o primeiro Hospital Sem Papel do SNS, o Hospital de Ovar, e reforçou: “Estamos a trabalhar arduamente com a SPMS e com as nossas comissões de desmaterialização desde abril de 2017, temos um caminho traçado e vamos chegar lá rapidamente”.
Com sala cheia, Rita Perez realçou que: “Hoje, já não se discute como será o futuro da informação clínica gerada nos hospitais. Sabemos que será digital, sabemos que temos, ainda, um longo caminho, que tem que ser seguro e transparente, para a tornar acessível e fácil, a quem de direito, e privada para quem não a tem que ter ou ver, mas sempre compreensível, responsável e rastreável.”
No contexto da ENESIS 2020, a iniciativa “SNS Sem Papel”, na qual se enquadra a filosofia da progressiva desmaterialização e simplificação dos processos, inclui também a promoção do uso das aplicações móveis da saúde, da Receita Sem Papel e das aplicações do SNS.
A SPMS, EPE tem colaborado com as instituições de saúde, que manifestem interesse, e tem vindo a trabalhar num ranking de hospitais do Serviço Nacional de Saúde, que já estão numa fase avançada do processo. A dinamização de atividades que potencializam o objetivo de um SNS Sem Papel até 2020 irá continuar.