No dia em que arrancou o primeiro exame sem papel com assinatura digital, a SPMS promoveu uma sessão de esclarecimento sobre o projeto “Exames Sem Papel” aos Prestadores Convencionados, que decorreu durante a tarde de hoje.
A Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, participou na abertura da sessão, na sede da SPMS, em Lisboa, com um apelo aos presentes para colaborarem, aderindo ao projeto, de modo a que “funcione efetivamente”, facilitando a vida aos profissionais de saúde e aos cidadãos.
Representando um avanço significativo na transformação digital na saúde, os médicos já podem proceder à requisição de exames médicos, de forma eletrónica, e os utentes podem consultar os resultados na Área do Cidadão, desde que estejam registados, como comprovou a Secretária de Estado da Saúde ao confirmar que recebeu os resultados dos seus exames, feitos hoje, no período da manhã.
Henrique Martins, Presidente do Conselho de Administração da SPMS, referiu a enorme complexidade do projeto, que segue o caminho da “Receita Sem Papel”, mas cuja “complexidade não é comparável, é muito maior”.
“São muitos prestadores e muitas tipologias de exames”, adiantou Henrique Martins, realçando que “um projeto de desmaterialização não é informático, é um projeto de alteração de processos. A tecnologia é feita de pessoas, de processos e de sistemas de informação, se as pessoas não estiverem preparadas e os processos não estiverem preparados, é muito provável que a tecnologia não funcione.”
Numa referência às várias vantagens dos “Exames Sem Papel, o Presidente da SPMS abordou a questão da literacia digital, da rapidez no acesso aos resultados e no combate à fraude, estabelecendo uma analogia com a “Receita Sem Papel” e salientando o sucesso alcançado, apesar das muitas dúvidas suscitadas na sua fase inicial.
A comunicação assume um papel estratégico na disseminação do projeto, como destacou Ana D´Avó, Diretora de Comunicação e Relações Públicas da SPMS, EPE, reforçando que a relação com os prestadores convencionados é fundamental e ambicionando que, em setembro, o número de prestadores seja muitos superior ao atual.
A vertente tecnológica e todas as etapas dos “Exames Sem Papel” foram apresentadas por Nilton Nascimento, da Direção de Sistemas de Informação da SPMS. No final, algumas questões foram colocadas pelos participantes da sessão, que não foi a primeira e, em breve, outras serão agendadas.
Inserido no Registo de Saúde Eletrónico, e constituindo uma importante iniciativa do Ministério da Saúde, o projeto visa a desmaterialização do processo de requisição, efetivação e faturação de MCDT, assegurando que toda a informação acompanha, em suporte digital, o utente.
Para além de uma maior segurança para todos os intervenientes, os “Exames Sem Papel” contribuem para a desburocratização e redução de desperdício na prestação de MCDT, potencializando a aproximação do médico ao cidadão. A partir de agosto será feita a massificação da desmaterialização.
Na sessão, que foi transmitida através de livestreaming no site da SPMS, EPE, foi lançado publicamente o site do projeto , que pode ser acedido em: examessempapel.spms.min-saude.pt.