A SPMS, EPE tem vindo a fazer um investimento significativo nas redes locais dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), de forma a facilitar o acesso do utente a estes cuidados em qualquer ponto do país.
Durante a primeira quinzena de outubro, a SPMS, EPE está a fazer um investimento nas redes locais (upgrade de 2 para 10 megabites), em 140 unidades de CSP, integradas nas ARS LVT e ARS Centro. Este processo decorre em paralelo com um projeto com a ARSLVT, que visa criar as condições para que seja possível unificar as bases de dados por Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), com vista à criação de um processo único que não se limite à Unidade de Saúde Familiar (USF), uma vez que o cidadão pode receber cuidados em diferentes locais dos CSP, dependendo da melhoria das comunicações, e que requer que todas as unidades de um ACES tenham a mesma solução informática.
A solução informática escolhida é a estatal, por uma questão de ser mais económica, e porque está instalada em mais de 92% das unidades de cuidados saúde primários no SNS. Permite, posteriormente, a adaptação ao novo software unificado (UNO) que está já em piloto no ACES Porto Ocidental e introduz mudanças nos processos administrativos, eliminando aplicações antigas como SINUS, MARTA e WEBRNU e convergindo-as numa só.
Neste sentido, já foram migradas com sucesso 12 unidades de saúde familiar (que não tinham software público) com boa aceitação. De sublinhar que o Contrato Programa de 2019 prevê um investimento de mais de 8 milhões de euros no upgrade das redes locais dos Cuidados de Saúde Primários. As redes locais com mais de 15 anos foram identificadas como as causas principais em muitos casos de reportes, falha de resposta e velocidade, no que respeita aos softwares SINUS, SClínico e também da PEM.
A SPMS recebeu indicação, nos Cuidados de Saúde Primários, de 40 incidentes com o sistema PEM, em agosto, e apenas 30 em setembro, comparando com o total de receitas eletrónicas emitidas, 2 350 233 em agosto e 2 448 250 em setembro. Com o arranque do projeto Exames Sem Papel, durante o mês de agosto verificou-se um ligeiro aumento de constrangimentos ao nível do SClínico CSP, relativamente à identificação com Cartão do Cidadão e certificados de assinatura digital do Cartão do Cidadão de muitos médicos. Situações já resolvidas, resultante da articulação entre a SPMS, EPE e a AMA.
Considerando todas a plataformas informáticas disponibilizadas nos Cuidados de Saúde Primários, o número de incidentes reportados situava-se nos 112 por semana no início de agosto e, atualmente, verifica-se uma média semanal de 60. No passado fim de semana, o sistema CTH (Consulta a Tempo e Horas/sistema de referenciação para os Hospitais) foi migrado para uma nova infraestrutura, de forma a garantir melhor performance e compliance com critérios de segurança.
Ainda durante o dia de hoje registou-se um aumento de 66% na performance dos servidores centrais. As regiões Norte e Alentejo têm um grande número de USF com boa performance, todas utilizando a solução pública do SNS. Numa análise, utilizando o BI dos CSP (https://bicsp.min-saude.pt/), verifica-se que as unidades com melhor índice de desempenho global (IDG), são aquelas que utilizam o software estatal. No que respeita ao acesso ao Registo de Saúde Eletrónico – RSE (antigamente designado de PDS), em setembro verificaram-se 485.446 acessos de médicos e 812.744 acessos de enfermeiros, nos Cuidados de Saúde Primários, tendo sido registados 10 incidentes, média semanal.
O investimento nas redes locais dos Cuidados de Saúde Primários está a contribuir para se alcançar uma melhoria no desempenho dos Sistemas de Informação, sendo objetivo da SPMS continuar a trabalhar para melhorar a prestação de serviços.
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