Nos últimos 10 anos, os registos médicos em suporte eletrónico generalizaram-se nos centros de saúde portugueses. Hoje, os médicos de família acedem, facilmente, a registos feitos por outros médicos, em todas as zonas do país e noutros níveis de cuidados. O acesso direto e bidirecional à informação clínica de utentes, que passam por diferentes profissionais e locais, é uma mais-valia ao serviço da continuidade de cuidados, característica da Medicina Geral e Familiar.
Nesta ótica, a SPMS, EPE efetuou a migração do M1 para o SClínico CSP/SINUS em unidades de saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo – ARS LVT, nomeadamente em 16 unidades prestadoras de Cuidados de Saúde Primários. A migração veio permitir que os registos clínicos se alocassem num único repositório de informação clínica, que agrega a componente administrativa (SINUS) e a componente clínica (SClínico CSP), desenhando, assim, um instrumento de suporte para o desenvolvimento da experiência clínica dos médicos.
As Unidades assinaladas foram: USF FF-Mais; USCP Alverca do Ribatejo; UCSP Alhandra; UCSP Alcabideche; USF São Martinho de Alcabideche; USF Alcais; UCSP Estoril; USF Torre da Marinha; USF Pinhal de Frades; USF Cuidar Saúde; USF CSI Seixal; USF Rosinha; USF Amora Saudável; USF Servir Saúde; USF SJ. Estoril; USF Costa Estoril.
Este projeto de migração insere-se na estratégia de uniformização dos Sistemas de Informação no SNS e resulta dos pedidos que foram realizados à SPMS, pela ARS LVT, para a substituição do M1 pelo SClínico CSP/SINUS.
Além da questão estratégica desta implementação nas unidades de saúde da ARS LVT, o processo de migração passa pelos seguintes objetivos: assegurar a migração dos dados de histórico clínico residentes no M1 para o SClínico CSP/SINUS; oferecer uma melhor interoperabilidade com as outras soluções desenvolvidas pela SPMS e formação Go Live junto dos utilizadores.
Os médicos de família precisam de investir na qualidade dos seus registos e de participar no desenvolvimento das respetivas aplicações informáticas, mantendo-os centrados no utente e nos cuidados de saúde a prestar. Estes registos devem ser completos, feitos com qualidade e rigor.
O ano de 2019 foi marcado pela continuidade da uniformização das unidades de saúde, tendo em vista a utilização de um único sistema de informação clínica, responsável pela gestão e registo clínico disponível no Sistema Nacional de Saúde. Para 2020, a uniformização nos CSP irá continuar e prevê-se a a migração/implementação do SClínico CSP/SINUS em 23 unidades de saúde inseridas nas ARS LVT, Centro e Algarve.