O Presidente do Conselho de Administração da SPMS, Luís Goes Pinheiro, participou no debate “Saúde Mental e Doenças Crónicas”, inserido no projeto de promoção e literacia sobre “Doenças que Marcam”, promovido pelo Expresso e a SANOFI, em parceria com a Associação Dermatite Atópica Portugal. O debate realizou-se ontem, 17 de maio, em Lisboa, e contou com a análise de diferentes especialistas ligados à área da saúde mental.
“Os contributos que podemos dar, quer com os instrumentos da sociedade de informação, quer especificamente com os canais que têm vindo a ser criados é facilitar o acesso a um conjunto de serviços prestados por profissionais de saúde que ajudam a aproximar as pessoas desses mesmos profissionais”, salientou o dirigente da SPMS que, ao longo do debate, elencou algumas das soluções e ferramentas já adotadas e disponibilizadas, quer para utentes, quer para profissionais de saúde.
Constituído por dermatologistas, psicólogos, alergologistas e representantes de várias entidades e associações, o painel debateu os impactos da dermatite atópica no estado psicológico dos doentes, principalmente adolescentes, sem esquecer os adultos que também podem contrair a doença e sentir-se estigmatizados.
No apoio e tratamento desses doentes, a tecnologia pode ser uma mais-valia e “a telessaúde uma ajuda fundamental no nivelamento das assimetrias regionais”, realçou o Presidente da SPMS, acrescentando que a grande vantagem do relacionamento à distância é aproximar as pessoas das unidades do SNS que prestam assistência especializada neste tipo de doenças, mesmo em populações mais isoladas, e aqui “os Balcões SNS 24 têm sido um grande apoio”.
Aconselhamento Psicológico no SNS 24 é resposta importante
Na certeza de que as doenças crónicas geram ansiedade, ter uma porta sempre aberta 24h por dia, conhecida e acessível, é essencial para os doentes. “Ter um canal rápido para a tranquilidade e serenidade é fundamental”, sublinhou Luís Goes Pinheiro referindo-se à Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS 24, que atende chamadas relacionadas sobretudo com problemas e sintomatologia associados à ansiedade, ao agravamento de psicopatologia prévia, entre outros.
Ao longo do debate falou-se também de respostas mais eficazes no interesse das pessoas. Garantir que existem dados de saúde e informação resultante do tratamento desses dados para que possa existir partilha, se for essa a vontade do utente, foi defendido pelo dirigente como uma melhoria para todo o sistema, dando como exemplo os dados dos exames médicos que estão a ser partilhados e entregues em formato digital. “Sem dados não há partilha.”
No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e em jeito de conclusão, o Presidente da SPMS destacou ainda o investimento em todo o SNS e como o digital pode alavancar bastante o acesso aos serviços de saúde e “vai seguramente dar um contributo decisivo na saúde mental.”