Os sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde asseguram a recolha de dados, monitorização, interação e organização do acesso a cuidados de saúde em diferentes áreas específicas. Durante o ano de 2021, em plena pandemia, muitos sistemas registaram melhorias significativas, por exemplo, através da implementação de novas funcionalidades, tal como referido no Relatório Anual de Acesso de 2021, divulgado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) no início deste mês.
Sob a coordenação da SPMS, as melhorias realizadas nos sistemas de informação ocorreram através da inclusão de mecanismos que permitem a introdução de melhores práticas na organização da prestação de cuidados e na resposta do SNS, com ganhos de eficácia e eficiência, maior equidade no acesso a cuidados, maior responsabilização a todos os níveis do sistema de saúde e maior transparência da informação para utentes, profissionais e instituições prestadoras de cuidados, entidades pagadoras, reguladoras e para os cidadãos em geral.
Alterações no Vacinas para centralizar informação
Dos vários sistemas de informação da saúde referidos no relatório, destacam-se as melhorias no Vacinas. Com o objetivo de substituir o registo de vacinas efetuado através da aplicação SINUS – Sistema de Informação Nacional dos Cuidados de Saúde Primários, ocorreu a migração do SINUS para o Vacinas, passando a estar centralizada a informação vacinal, ou seja, o principal objetivo do projeto passou pela gestão centralizada do Programa Nacional de Vacinação para os cidadãos em território continental.
As melhorias no sistema Vacinas ocorreram para responder às necessidades que foram surgindo, sobretudo nos pedidos relativos à Covid-19 e à gripe, nomeadamente no que diz respeito à parametrização de novas vacinas, à apresentação da data de positividade da doença ou à alteração de regras e alertas de vacinação. Assim, a monitorização do número de vacinas administradas e da cobertura vacinal é realizada com base neste sistema.
Com a desmaterialização do Boletim de vacinas, os médicos e enfermeiros passaram a aceder ao registo eletrónico em qualquer unidade do SNS, o que veio facilitar a consulta do histórico de vacinação e, por outro lado, passou a existir uma melhor qualidade da informação. Além disso, a desmaterialização do boletim promove a redução de custos e evita situações inconvenientes associadas à perda do boletim em papel. Em 2021, em Portugal Continental foram registadas cerca de 16 milhões de inoculações no âmbito da Covid-19 e mais de 2.4 milhões de vacinas da gripe.
No relatório de acesso de 2021, destaque também para o BI.Vacinas, um sistema de business intelligence criado no início do processo de vacinação Covid-19 para, através de um conjunto de indicadores de monitorização, auxiliar na tomada de decisões. Através deste sistema passou a ser possível aceder a um conjunto de indicadores relativos à vacinação Covid-19 e, posteriormente, ao processo de vacinação da gripe.