O SNS 24 adaptou a sua capacidade de resposta, em matéria de recursos humanos e de infraestrutura, tendo inovado nos modelos de prestação de serviços e garantindo a qualidade e a segurança clínica. A análise consta do Relatório Anual de Acesso de 2021, divulgado este mês pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que salienta a intensa exposição pública do SNS24 durante a pandemia, reconhecendo o aumento excecional da procura dos seus serviços.
Responsável pelo serviço de Triagem, Acompanhamento e Encaminhamento (TAE), e por um conjunto de serviços informativos e administrativos que reforçam a disponibilidade, com maior oferta adequada às necessidades da população, e a proximidade (centralização de serviços), o SNS 24 está disponível 7 dias por semana, 24 horas por dia, nomeadamente através da linha, da app e do site.
Em 2021, o papel do SNS 24 na gestão do acesso dos cidadãos às instituições do SNS foi reforçado, permitindo aos utentes suspeitos de COVID-19 serem encaminhados para os serviços adequados nos diferentes níveis de cuidados de saúde.
Adaptações no serviço TAE para responder à pandemia
Para dar resposta à emergência pública, sublinha o relatório, o serviço TAE teve constantes atualizações dos algoritmos, de modo a acompanhar a alteração do padrão epidemiológico e infecioso da COVID-19 e, assim, otimizar o rigor da triagem clínica. Para tal, foram criados dois algoritmos com diferentes objetivos: Emergência saúde pública COVID-19, para identificar utentes com sintomatologia suspeita de COVID-19 e, se necessário, encaminhar para estruturas especializadas (Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios), de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde; e Rastreio de contactos assintomáticos, para identificar contactos de risco com utentes infetados com COVID-19, a fim de serem vigiados pelas equipas de saúde pública.
O SNS 24 garantiu, desta forma, que todos os utentes identificados pelo SNS 24 como suspeitos de infeção por SARS-CoV-2 fossem continuamente integrados na plataforma TraceCOVID-19, permitindo às equipas dos cuidados de saúde primários realizar as vigilâncias necessárias.
A linha atendeu o ano passado mais de 6 milhões de chamadas, representado um crescimento de 51% face ao ano anterior. A título de exemplo, só em 2021 foram emitidos, via SNS 24, cerca de 1.5 milhões testes à COVID-19 e mais de 1.3 milhões de Declarações Provisórias de Isolamento Profilático (DPIP). Já o portal do SNS 24, outro elemento fundamental para permitir que o cidadão consiga aceder a informação simples, atualizada e fidedigna, registou mais de 18 milhões de sessões e mais de 41 milhões visualizações de páginas.
Paralelamente, os Balcões SNS 24 proporcionaram serviços de atendimento, sobretudo em juntas de freguesia e câmaras municipais, a mais de 5.700 cidadãos, através do acesso mediado aos serviços digitais do SNS. O acesso facilitado, em que é o utente que acede aos serviços, é outra forma de aceder.
Com 194 balcões a funcionar em 2021, este projeto evitou cerca de 10 mil viagens de cidadãos às unidades de saúde, redução de emissões de carbono e eficiência do tempo, redução do papel associado a interação unicamente com serviços digitais e redução de tempos de espera, nomeadamente nos processos de agendamento de consultas e realização de teleconsultas.
O Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas de 2021 reporta ainda a atividade assistencial realizada a nível nacional, e o desempenho dos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas em termos de acesso à prestação de cuidados de saúde.