A grande adesão dos portugueses à linha SNS 24 é um dos dados do “Relatório de Acesso a Cuidados de Saúde 2022 – As escolhas dos cidadãos no pós-pandemia”, apresentando ontem, dia 6 de junho.
O estudo carateriza diversos pontos, desde as decisões dos cidadãos no primeiro contacto com o sistema de saúde, analisando a incidência de episódios de doença, decisão de aceder a cuidados de saúde, barreiras de acesso (financeiras e não financeiras) e prestação de cuidados de saúde nos setores público e privado.
Na análise, verifica-se um aumento no recurso ao setor público, motivado em grande maioria pela utilização da linha de atendimento SNS 24, que registou um crescimento exponencial, de 3% em 2019, para 28% em 2022.
Da autoria dos investigadores Pedro Pita Barros e Eduardo Costa do Nova SBE Health Economics & Management Knowledge Center, o estudo resulta da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE.
De acordo com os autores, constata-se que as pessoas que utilizam o SNS 24 são depois reencaminhadas para os serviços a que devem ir, o que se traduz num aumento do número de contactos com o setor público. Apesar da ligeira subida face aos níveis de 2020 e 2021, a proporção de pessoas que procura os serviços de urgência permanece abaixo do pré-pandemia (41,1% em 2019 e 35,5% em 2022).
O SNS 24 afirmou-se como a porta de entrada do SNS, reduzindo milhares de idas desnecessárias às urgências. Deu respostas que não existiam, criou serviços e, em 2022, bateu o recorde de chamadas. Hoje, mais do que uma linha telefónica, é um acesso omnicanal, com o digital e a parte presencial, ao serviço de todas as pessoas.