A Receita Sem Papel, que comemora agora oito anos, é um caso de sucesso na digitalização da Saúde, com mais de 355,5 milhões de receitas totalmente desmaterializadas emitidas.
A iniciativa arrancou em 2015, primeiro nas unidades de saúde do setor público e, posteriormente, no setor privado. No ano seguinte, atingia uma cobertura de 90% em todo o Serviço Nacional de Saúde e, em 2017, já funcionava em pleno em todo o país, incluindo Madeira e Açores.
Este formato eletrónico permitiu a prescrição, em simultâneo, de diferentes tipologias de medicamentos, ou seja, a mesma receita pode incluir fármacos comparticipados e tratamentos não comparticipados. No ato da dispensa nas farmácias, o utente pode optar por aviar todos os produtos prescritos, ou apenas parte deles, e levantar os restantes em diferentes estabelecimentos e datas distintas.
Com vantagens claras para médicos, farmacêuticos e cidadãos, a Receita Sem Papel fomentou de forma significativa a transformação digital do sistema de saúde português, pois trouxe inovação, reduziu custos, simplificou procedimentos e, através dos seus mecanismos antifraude, tem contribuído para uma monitorização apurada e para a rápida deteção de irregularidades.
A Receita Sem Papel é um bom exemplo da tecnologia ao serviço das pessoas e do sistema de saúde. Hoje, o utente recebe a prescrição por e-mail ou SMS e pode, também, consultar as suas receitas através da área pessoal do portal SNS 24 e na app SNS 24.