“Para a SPMS, a digitalização da Saúde não é apenas desmaterialização. É uma revolução que vai redefinir a forma como prestamos cuidados de saúde às pessoas. Ao avançarmos nesse caminho, tenho plena convicção de que estaremos a construir um sistema de saúde mais justo, mais equitativo e mais humano”, sublinhou a presidente do Conselho de Administração da SPMS, Sandra Cavaca, na conferência promovida pela Convenção Nacional da Saúde, esta quinta-feira, dia 15 de novembro.
Sob o mote “A Digitalização da Saúde ao Serviço das Pessoas”, o evento realizou-se na Ordem dos Médicos, em Lisboa. A dirigente da SPMS foi uma das oradoras convidadas para a discussão sobre as várias dimensões da transformação digital no setor da saúde, com mudanças e impactos no acesso das pessoas aos serviços de saúde e nas condições de trabalho dos profissionais.
“Este é o tempo de darmos passos largos para o futuro que queremos ter”, enfatizou Sandra Cavaca, destacando a execução dos investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Dos avanços tecnológicos e serviços diferenciados oferecidos pelo SNS 24, ao Registo de Saúde Eletrónico Único, o projeto mais emblemático em curso, com benefícios evidentes para cidadãos e profissionais, tanto no contexto do SNS, como nos setores público e social, a dirigente falou das medidas e dos principais projetos que posicionam Portugal na liderança da transformação digital.
Liderança na transformação digital
Este posicionamento é referido no relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) “Health at a Glance”, publicado há uma semana. Com base em dados de 2021, o relatório reconhece os esforços do país no que diz respeito ao acesso e interação dos doentes com os seus próprios registos de saúde eletrónicos através de um portal de Internet seguro, posicionando-o num grupo restrito de países. Foca ainda o trabalho desenvolvido no âmbito da implementação de normas de interoperabilidade e da segurança.
Para Sandra Cavaca, este tem sido um caminho feito de desafios e, sobretudo, de ambição, para colocar o utente e o seu percurso no centro do sistema de saúde. “E todos nós, que estamos aqui hoje, temos um papel a cumprir nesta transformação digital”, defendeu.
A conferência contou com intervenções de várias personalidades do setor, bem como com a participação do ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Contou também com um painel de discussão e, mais uma vez, a SPMS, representada por Cátia Pinto, participou no debate de ideias sobre as soluções.
A Convenção Nacional da Saúde é o maior debate nacional e permanente sobre o presente e o futuro da Saúde em Portugal. Este ano, a iniciativa centrou-se na digitalização ao serviço das pessoas.