A Comissão Europeia apresentou um plano de ação que visa reforçar a cibersegurança dos hospitais e outras unidades de saúde. Este plano, que contou com contributos da SPMS, foi apresentado no dia 15 de janeiro, em Bruxelas.
O plano de ação propõe que a ENISA, a agência da União Europeia (UE) para a cibersegurança, crie um centro pan-europeu de apoio à cibersegurança para hospitais e outros prestadores de cuidados de saúde, fornecendo-lhes orientações, ferramentas, serviços e formação adaptados.
A iniciativa é um passo importante para proteger o setor da saúde das ciberameaças, através do reforço das capacidades de deteção, preparação e resposta a ameaças, com vista a criar um ambiente mais seguro para doentes e profissionais. O plano contou com contributos da SPMS no âmbito dos grupos europeus com os quais colabora.
A Comissão Europeia destaca que a digitalização permite serviços como registos de saúde eletrónicos, a telemedicina e diagnósticos baseados na Inteligência Artificial, contudo, os ciberataques podem atrasar procedimentos clínicos, criar bloqueios e perturbar serviços vitais. Em casos mais graves, podem ter um impacto direto na vida dos cidadãos.
O plano de ação tem como prioridades o reforço da prevenção de ciberataques, uma melhor deteção e identificação de ameaças, o desenvolvimento de respostas adequadas, com a finalidade de minimizar o impacto dos mesmos, e a proteção dos sistemas de saúde através da dissuasão.
Os Estados-membros comunicaram 309 incidentes de cibersegurança significativos que afetaram o setor dos cuidados de saúde em 2023, mais do que em qualquer outro setor crítico.
Com o objetivo de aperfeiçoar as ações com maior impacto para doentes e prestadores de cuidados de saúde, a Comissão lançará em breve uma consulta pública sobre este plano, aberta a todos os cidadãos e partes interessadas.
Consulte: European action plan on the cybersecurity of hospitals and healthcare provider