A Receita Sem Papel (RSP) ultrapassou, ontem, 9 de fevereiro, os 90% do total de receitas na Região Autónoma da Madeira (RAM).
Desde a implementação, a desmaterialização da receita representa um caso de sucesso na Madeira, obtendo quase a totalidade da percentagem de receituário emitido, o que revela a enorme adesão por parte dos Prescritores Madeirenses. O sucesso alcançado deve-se às sinergias entre os Serviços de Saúde das Regiões Autónomas, o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE), que têm colaborado ativamente em todo o processo de implementação, e a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), entidade responsável pelo desenvolvimento do sistema de informação. As sessões de formação, disponibilizadas, no terreno, pela SPMS, têm contribuído para a eficácia do processo de implementação deste projeto, permitindo um acompanhamento mais próximo aos técnicos locais.
Além de otimizar recursos disponíveis, combater a fraude, reduzir custos e de contemplar preocupações ecológicas, a desmaterialização da receita médica nas ilhas reforça a interoperabilidade entre o sistema de saúde regional e o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta “aproximação estratégica” na área dos sistemas foi possível graças à consolidação do registo nacional de utentes, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores.
A RSP, que entrou em vigor na Região Autónoma dos Açores, no dia 30 de janeiro, e numa primeira fase, nos centros de saúde da ilha Terceira, atingiu, ontem, os 10% do total das receitas na Região Autónoma dos Açores, com tendência para continuar a aumentar nos próximos meses. Estima-se que a implementação da receita desmaterializada fique concluída num período de seis meses, em todos os centros de saúde da região. Até ao final do ano prevê-se, também, que a receita eletrónica esteja em pleno funcionamento em todos os hospitais açorianos.
O sucesso do projeto RSP vai continuar a depender do “envolvimento” entre responsáveis políticos, gestores, informáticos, profissionais de saúde e cidadãos.