Henrique Martins, presidente do Conselho de Administração da SPMS, foi um dos convidados do “Próximo Nível”, no espaço “Conversas Soltas”, uma parceria entre o Banco Popular e o Jornal Expresso. Sob a temática “Os novos dilemas da saúde”, a iniciativa teve lugar hoje, 12 de setembro, na sede do Banco Popular, em Lisboa.
Dinâmico, o debate contou com a participação de mais quatro convidados, especialistas nos setores da saúde e da tecnologia: Miguel Gouveia, Professor da Católica Lisbon School of Business and Economics, Cristina Semião, Healthcare Manager na IBM Portugal, Joaquim Cunha, Health Cluster Portugal e Pedro Oliveira, fundador da “Patient Innovation”, investigador e professor da Universidade Católica de Lisboa.
Focando-se, essencialmente, nos desafios da inovação e das TIC, nos dados, na relação custo-efetividade e nos ganhos em saúde obtidos com o progresso tecnológico, a conversa prolongou-se por mais de 90 minutos, sendo transmitida via Facebook Live do Expresso.
Miguel Gouveia falou sobre o custo da saúde dos portugueses, da relação entre os setores público e privado, divulgando números e reforçando que é fundamental” evitar o descontrole da despesa”. Por outro lado, o investimento nos progressos tecnológicos vale a pena quando aumenta os ganhos em saúde e, “nos últimos anos, esses ganhos têm sido maciços”.
O presidente da SPMS referiu-se à alteração de processos como “o grande desafio”, nomeadamente no processo de prestação de cuidados e na perceção de que a economia na saúde está a mudar.
Do ponto de vista dos dados em saúde, Henrique Martins destacou o modelo dinâmico, disponível no Portal SNS, considerando ser “urgente um debate público e sério sobre os dados que são dos portugueses”. “Temos um manancial de dados, investigadores de ponta, farmácias com grande tecnologia e há muita vontade no Ministério da Saúde”, realçou, lançando uma questão: “Quantas vidas perdemos em Portugal por não utilizarmos os dados em saúde?”
Pedro Oliveira evidenciou algumas soluções inovadoras que salvam vidas, muitas das quais encontradas pelos próprios doentes. O desafio da afirmação de Portugal na economia global foi destacado por Joaquim Cunha, frisando que “na área da investigação e da prestação tem sido feito um caminho de sucesso”. Por sua vez, Catarina Semião apontou várias soluções tecnológicas, principalmente na área da oncologia, onde Portugal pode fazer a diferença.
“Os portugueses podem espalhar saúde pelo mundo inteiro”, sublinhou Henrique Martins, acrescentando que “se queremos uma economia da saúde de próximo nível temos que investir”, e apontou a campanha da vacinação da gripe como o melhor exemplo, uma vez que, a curto prazo, regista uma redução efetiva de custos, aliada a grandes ganhos em saúde.